MP quer apurar se Bruno Henrique ocultou provas ao apagar mensagens
- Redação Info067
- 28 de abr.
- 2 min de leitura

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apura se o atacante do Flamengo Bruno Henrique ocultou provas no celular dele no caso que investiga um suposto esquema para favorecer apostadores.
Bruno Henrique foi indiciado por estelionato e fraude em competição esportiva, como divulgado em primeira mão pelo Metrópoles.
As mensagens apresentadas no indiciamento da Polícia Federal (PF) passarão por nova análise. Todo o material colhido na investigação também será periciado pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A PF vasculhou o conteúdo do celular do atleta, mas indicou que parte dos diálogos pode ter sido apagada. Bruno Henrique tinha, segundo o relatório, 3.989 conversas no WhatsApp, e algumas mensagens podem ter sido deletadas.
Os promotores querem aprofundar as investigações para verificar se, de fato, houve a exclusão de mensagens — o que pode ser considerada uma tentativa de ocultação de provas. O MP quer fazer toda essa análise antes de formalizar uma possível denúncia contra Bruno Henrique.
Análise sólida
A avaliação dos promotores é de que, para garantir uma análise sólida, é preciso ir além do relatório da PF e examinar todo o conteúdo extraído dos dispositivos — ainda mais porque o atacante, familiares e o núcleo de apostadores foram alvos de uma operação conjunta entre os dois órgãos.
A possibilidade de oferecer um acordo ao atacante já foi rechaçada, uma vez que os crimes atribuídos a ele, no indiciamento da PF, não se enquadram nos critérios para o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), restrito a delitos com pena mínima inferior a quatro anos.
A PF prossegue nas investigações, agora com foco nas apostas feitas pelo grupo criminoso na casa de apostas Blaze.
Apostas em alta
Casas de apostas indicaram à PF no inquérito que mais de 95% das apostas no confronto entre Flamengo e Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023, estavam concentradas na possibilidade de o atacante Bruno Henrique receber um cartão amarelo.
De acordo com as casas Betano, GaleraBet e KTO, a maior parte do volume apostado, antes mesmo do início da partida, estava direcionada à punição ao jogador.
A Betano informou à PF que 98% das apostas foram para o cartão de Bruno Henrique. Já a GaleraBet apontou concentração de 95% no mesmo quesito. A KTO confirmou o direcionamento significativo das apostas ao atleta, embora não tenha especificado os percentuais.
Fonte: https://www.metropoles.com/
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