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domingo, 18 de maio de 2025

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(Reprodução, Agência Brasil)
(Reprodução, Agência Brasil)

O dólar se firmou em baixa ao longo da tarde, furou o piso de R$ 5,65 e emendou nesta segunda-feira, 28, o sétimo pregão consecutivo de queda. O real se apreciou apesar do dia negativo para seus principais pares latino-americanos, os pesos mexicano e chileno, e o ambiente externo marcado por pouco apetite ao risco, diante da ausência de sinais concretos de negociações comerciais entre EUA e China.


Operadores afirmam que a moeda brasileira pode ter se beneficiado de fluxo pontual de recursos externos para a bolsa e a renda fixa domésticas. Um ponto que chamou a atenção foi a fala do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reiterando nesta segunda-feira o desconforto com as expectativas de inflação.


A perspectiva de pelo menos mais uma elevação da taxa Selic e de manutenção da política monetária em campo restritivo por período prolongado não apenas aumenta a atratividade das operações de carry trade como desestimula a manutenção de posições compradas na moeda americana contra o real.


Com mínima a R$ 5,6470, o dólar à vista encerrou o pregão em baixa de 0,70%, a R$ 5,6480 – menor valor de fechamento desde 3 de abril (R$ 5,6281), dia seguinte ao tarifaço anunciado por Donald Trump.


A divisa acumula desvalorização de 4,11% nos últimos sete pregões, o que leva as perdas no ano a 8,1%.


Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, em especial euro e iene, o índice DXY recuou e voltou a furar o piso dos 99,900 pontos. A moeda americana caiu na comparação com a maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities. Em abril, o Dollar Index desce mais de 5%.


O diretor de Investimentos da Azimut Wealth Management, Leonardo Monoli, observa que o dólar perde força globalmente tanto no mês quanto no ano em meio às incertezas em torno da política econômica americana com o comportamento errático de Donald Trump


“Houve em abril a adoção da política protecionista e os ataques do Trump ao Federal Reserve, que foram corrigidos, mas podem retornar. Os investidores, que estavam com excesso de alocação nos EUA, procuraram outras geografias”, afirma Monoli. “Esse movimento beneficiou moedas desenvolvidas, como iene e o euro, mas também emergentes.”


Em tal quadro, o real pode ter sido impulsionado por fluxo cambial melhor na margem, com investidores em busca de ativos descontados, e também pelo desmonte de posições de estrangeiros compradas em dólar por meio de derivativos cambiais, observa Monoli. Ele destaca que, apesar da apreciação recente, as moedas emergentes como real continuam vulneráveis a episódios de aversão ao risco no exterior, em um ambiente marcado por incertezas.


No episódio desta segunda-feira da guerra comercial, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, demonstrou otimismo com as negociações comerciais com asiáticos, citando Japão e Coreia do Sul, mas ponderou que as tratativas com a China são mais complicadas e terão de ser “conduzidas à parte”. Bessent voltou a dizer que cabe aos chineses diminuir as tensões comerciais, dado que o nível atual das tarifas “é insustentável”.


Do lado chinês, o ministério das Relações Exteriores afirmou que não houve diálogo recente entre o presidente Xi Jinping e Trump – e que os dois governos não estão tentando neste momento fechar um acordo. “Se os EUA realmente querem resolver o problema por meio do diálogo e da negociação, precisam parar de ameaçar e chantagear “, disse o porta-voz do ministério, Guo Jiakun. Na sexta-feira, em entrevista publicada pela Time, Trump disse que Xi havia ligado para ele.


Monoli, da Azimut, afirma que a conjuntura tende a continuar dominada pelas tensões comerciais e pelas tentativas de estimar a desaceleração da atividade provocada pela guerra tarifária, em especial nos Estados Unidos. Ele pondera que os sinais vindos da China são de que as autoridades estão preparadas sustentar o embate comercial pelo tempo que for necessário e não devem se pautar por recuos táticos da administração Trump.


“A postura da China é de combate contínuo no longo prazo. As moedas emergentes e o real experimentaram uma melhora, mas é preciso saber como vai ser o impacto no crescimento econômico e como fica o novo palco global de comércio para ver se isso se sustenta”, diz o diretor da Azimut.


Por aqui, depois das falas vistas como dovish dos diretores do BC Nilton David (Política Monetária) e Diogo Guillen (Política Econômica), o tom do presidente do BC nesta segunda em um evento do J. Safra soou um pouco mais duro aos investidores e pode ter contribuído para o recuo da taxa de câmbio.


Galípolo afirmou que o BC tem uma certeza razoável de que a taxa Selic está em nível contracionista, mas ainda tenta entender se o juro já é restritivo o bastante. “Estamos aqui tateando para entender se o nível que a gente está caminhando – importante o gerúndio aqui -, se o nível que nós estamos caminhando está chegando no patamar contracionista o suficiente para a convergência da inflação”, disse.


“Galipolo adotou um tom bem adequado e não desautorizou os outros diretores. Reiterou o incômodo com a desancoragem das expectativas, mas disse que é preciso dar tempo para ver os efeitos desasados da política monetária”, afirma Monoli, para quem provavelmente o BC promova uma elevação da taxa Selic em maio, mas não se comprometa com a continuidade do aperto.




Máxima a R$ 5,7074, pela manhã, e mínima a R$ 5,6647 à tarde


Imagem ilustrativa (Agência Brasil)
Imagem ilustrativa (Agência Brasil)

Apesar de apresentar instabilidade e troca de sinais ao longo do dia, com investidores adotando uma postura mais cautelosa diante da falta de sinais mais claros sobre as negociações entre Estados Unidos e China para redução de tarifas, o dólar emendou nesta sexta-feira, 25, o sexto pregão consecutivo de queda em relação ao real.

Com máxima a R$ 5,7074, pela manhã, e mínima a R$ 5,6647 à tarde, a moeda americana terminou os negócios cotada em R$ 5,6878 (-0,06%), encerrando a semana com perdas de 2,00%. Com isso, a divisa passou a apresentar desvalorização de 0,31% em abril. No ano, recua 7,97%.

A despeito de fala mais dura do presidente Donald Trump em relação à China hoje à tarde, a avaliação entre analistas é a de que a semana termina com um arrefecimento da guerra comercial, o que explica o bom desempenho de ativos de risco, como bolsas e divisas emergentes. Além disso, moedas latino-americanas foram favorecidas pelo anúncio de estímulos econômicos e monetários pelo governo chinês.


O gestor de macro da AZ Quest, Gustavo Menezes, destaca a mudança de tom do entorno de Trump ao longo da semana, em especial do secretário do Tesouro, Scott Bessent, que classificou o quadro tarifário atual como “insustentável” e acenou com diminuição das tensões.

“O mercado deu uma acalmada com essa ideia que vai ser preciso desescalar a guerra comercial. Antes, parecia uma briga sem fim”, afirma Menezes, ressaltando que o ambiente ainda é de muita incerteza, dado o estilo errático do presidente americano. “Hoje mesmo Trump disse que não vai fazer nada enquanto a China não oferece algo. Todos os mercados estão vivendo um dia após o outro.”

De fato, o presidente americano afirmou hoje a repórter, a bordo do Air Force One, que os EUA não vão abandonar as tarifas contra a China a menos que o gigantes asiático oferece algo em troca e que a “abertura da China seria uma grande vitória”. Acrescentou que outra pausa de 90 dias nas tarifas impostas em 2 de abril é improvável e que diversos países querem negociar com os EUA.

Menezes, da AZ Quest, observa que o real e a própria bolsa brasileira se beneficiaram recentemente da migração de posições antes concentradas nos EUA para outros mercados, em razão do enfraquecimento da tese do “excepcionalismo americano”, dada a perspectiva de enfraquecimento da atividade na maior economia do mundo com as medidas de Trump.

“Antes não sobrava muito capital para países como o Brasil. Agora vemos uma diversificação que beneficiou os nossos ativos, principalmente nos últimos 15 dias, já que o país é visto como menos prejudicado pela guerra comercial”, afirma o gestor, que abriu posição a favor do real em comparação com o peso mexicano. “Não foi um rali por mérito próprio. Estamos sendo carregados pelo mercado global”.

Para o economista André Galhardo, consultor da plataforma de transferências internacionais Remessa Online, fatores domésticos também ajudam a explicar o bom desempenho da moeda brasileira nesta semana, sobretudo a perspectiva de mais aperto monetário.

O economista discorda da interpretação de que declarações recentes de diretores do Banco Central, como a fala de ontem de Diogo Guillen (Política Econômica) em Washington, sugiram uma guinada dovish da autoridade monetária. Ele observa que o BC ainda mostra preocupação com a inflação persistente e as expectativas acima do teto da meta.

Pela manhã, o IBGE informou que o IPCA-15 desacelerou de 0,64% em março para 0,43% em abril, praticamente igual à mediana de Projeções Broadcast, de 0,42%. O IPCA-15 acumula aumento de 2,43% no ano. A avaliação predominante entre analistas ouvidos pela Broadcast foi de que resultado não permite ao BC baixar a guarda.

“Embora alguns colegas não concordem, vejo nas declarações recentes um comportamento bastante conservador. Essa postura, junto com os dados qualitativos do IPCA-15, devem levar o BC a um aumento da Selic em maio e uma alta residual em junho”, afirma Galhardo. “Isso sustenta uma taxa de câmbio menor aqui no Brasil, já que a taxa real de juros brasileira é uma das altas do mundo”.


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